Saltar para o conteúdo

Rock japonês

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de J-Rock)
Rock japonês
Origens estilísticas
Contexto cultural Fim da década de 1950, Japão
Instrumentos típicos
Popularidade Mundialmente, sobretudo no Japão.
Subgêneros
Visual kei
Outros tópicos

Rock japonês (日本のロック nihon no rokku?), também conhecido pela abreviatura J-rock (ジェイ・ロック Jei Rokku?) [1] é a música rock proveniente do Japão. Influenciados pelo rock estadunidense e britânico da década de 1960, as primeiras bandas de rock japonesas tocaram o que se chama de Group sounds, com letras quase exclusivamente em inglês. A banda de folk rock Happy End do início da década de 1970, é creditada como a primeira a cantar rock na língua japonesa. As bandas de punk rock Boøwy e The Blue Hearts e os grupos de hard rock/heavy metal X Japan e B'z lideraram o rock japonês no final dos anos 1980 e início dos anos 1990, alcançando grande êxito no cenário musical popular.[2]

Ao longo das décadas seguintes, o rock japonês tornou-se um sucesso em todo o mundo, sendo amplamente conhecido na Ásia, ainda que competindo com o estilo contemporâneo derivado, o J-pop.

1950–1960: Adaptação da música ocidental

[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Group sounds

O rockabilly, um dos primeiros sub-gêneros do rock, obteve uma breve explosão de popularidade no Japão, durante o fim dos anos de 1950.[3] Suprimido pelas autoridades locais, teve elementos dele, conseguindo chegar ao cenário popular através de cantores como Kyu Sakamoto.[4]

The Spiders se apresentando na Holanda em 1966. A banda tornou-se um dos principais músicos do gênero group sounds.

Na década de 1960, muitas bandas de rock japonesas foram influenciadas por músicos de rock ocidentais, como Beatles, Bob Dylan e Rolling Stones,[5] junto com outras canções folk dos Apalaches, rock psicodélico, mod e gêneros semelhantes, em um fenômeno que foi chamado de Group sounds (G.S). No fim da década de 1960, bandas de Group sounds como The Tempters, The Tigers - a banda mais popular da época -, The Golden Cups, The Ox, The Village Singers, The Carnabeats, The Mops,[6] The Jaguars, The Wild Ones e The Spiders obtiveram grande êxito.[7][8] Posteriormente, alguns dos membros do The Tigers, The Tempters e The Spiders formaram o Pyg: primeiro supergrupo japonês.

Após a explosão de Group sounds, surgiram diversos cantores e compositores folk no cenário japonês. Eles foram influenciados por Bob Dylan e música folk estadunidense. Depois de ver um concerto do músico Jimi Hendrix durante uma visita à Europa, Yuya Uchida voltou para o Japão e formou a banda Yuya Uchida & The Flowers em novembro de 1967, a fim de introduzir um som semelhante ao Japão.[9]

1970–1980: Diversificação

[editar | editar código-fonte]

Hard rock e heavy metal

[editar | editar código-fonte]

Uchida substituiu todos os membros do The Flowers, exceto seu baterista, e renomeou a banda para Flower Travellin' Band, no lançamento do álbum Anywhere de outubro de 1970, que inclui covers da banda de heavy metal Black Sabbath e da banda de rock progressivo King Crimson.[10] O Flower Travellin' Band mudou-se para o Canadá e lançou seu primeiro álbum contendo material original,[11] de nome Satori em abril de 1971, considerado um progenitor do heavy metal,[12] juntamente com Kirikyogen (1970), também considerado progenitor do doom metal.[13]

Bandas japonesas de heavy metal começaram a surgir no final dos anos 1970, tendo como pioneiros Bow Wow (1975), 44 Magnum (1977) e Earthshaker (1978). Em 1977, Bow Wow foi o artista de apoio das bandas Aerosmith e Kiss em suas respectivas turnês japonesas.[14] Eles se apresentaram no Festival de Jazz de Montreux na Suíça e no Reading Festival na Inglaterra em 1982. Após algumas mudanças de membros, que resultaram em um som mais comercial, a banda mudou seu nome para Vow Wow e se mudou para a Inglaterra.[14] Seu álbum de 1989, Helter Skelter, alcançou a posição de número 75 na tabela musical UK Albums Chart.[15]

Loudness se apresentando na Alemanha em 2010. A banda converteu-se no primeiro artista do metal japonês a figurar na tabela estadunidense da Billboard.

Na década de 1980, uma infinidade de bandas de heavy metal japonesas se formaram. O Loudness foi formado em 1981 pelos ex-membros do Lazy: Akira Takasaki e Munetaka Higuchi. Em 1983, a banda excursionou pelos Estados Unidos e Europa e logo começaram a se concentrar em uma carreira internacional. Em um contrato de 1985 com a Atco Records, o Loudness tornou-se o primeiro artista do metal japonês a assinar um contrato com uma grande gravadora nos Estados Unidos.[16] Seus álbuns Thunder in the East (1985), Lightning Strikes (1986) e Hurricane Eyes (1987) alcançaram os números 74, 64 e 190, respectivamente, na tabela de álbuns da Billboard.[17][18] Em 1988, o Loudness substituiu o cantor Minoru Niihara pelo vocalista estadunidense Michael Vescera,[19] em uma tentativa de aumentar sua popularidade internacional. Durante os anos oitenta, poucas bandas possuíam membros femininos, como a banda feminina Show-Ya liderada por Keiko Terada e a Terra Rosa com Kazue Akao nos vocais. Em setembro de 1989, o álbum de Show-Ya, intitulado Outerlimits foi lançado, alcançando a posição de número três pela tabela japonesa da Oricon.[20]

A banda de folk rock Happy End é creditado como a primeira banda de rock a cantar na língua japonesa.[21] Seu álbum de estreia auto-intitulado foi lançado em agosto de 1970 pela gravadora experimental URC (Underground Record Club).[22] Este álbum marcou um importante ponto de virada na história da música japonesa, pois desencadeou o que seria conhecido como a "Controvérsia do Rock Japonês" (日本語ロック論争, Nihongo Rokku Ronsō). Isto ocorreu devido a debates altamente divulgados entre figuras proeminentes da indústria do rock, principalmente os membros do Happy End e Yuya Uchida, sobre se o rock japonês cantado inteiramente em japonês era sustentável. O êxito do álbum de estreia do Happy End e seu segundo, Kazemachi Roman, lançado em novembro de 1971, provou a sustentabilidade do rock em língua local no país.[23]

Bandas como Carol (liderada por Eikichi Yazawa), RC Succession e Funny Company foram especialmente populares e ajudaram a definir o gênero. Álguns artistas iniciaram sua carreira no fim dos anos sessenta, porém, foram principalmente mais ativos nos anos setenta, misturando rock com elementos de folk e pop rock de estilo estadunidense. Músicos de folk rock como Tulip, Banban, Garo, Yosui Inoue foram populares na cena musical.

Techno pop e eletrônica

[editar | editar código-fonte]

Diversos músicos japoneses começaram a experimentar o rock eletrônico no início dos anos 1970. O mais notável foi o internacionalmente renomado Isao Tomita, cujo álbum de 1972, Electric Samurai: Switched on Rock, apresentou interpretações de sintetizadores eletrônicos de canções rock e pop contemporâneas.[24] Outros exemplos iniciais de gravações de rock eletrônico incluem o álbum de folk rock e pop rock de Inoue Yousui, Ice World (1973) e o álbum de rock psicodélico progressivo de Osamu Kitajima, Benzaiten (1974), ambos contendo contribuições de Haruomi Hosono, que mais tarde iniciou o grupo musical de techno-pop, Yellow Magic Band (mais tarde conhecido como Yellow Magic Orchestra) em 1977.[carece de fontes?]

1980–1990: Crescimento no número de bandas

[editar | editar código-fonte]

Punk e "band boom"

[editar | editar código-fonte]

Os primeiros exemplos de punk rock japonês incluem SS, The Star Club, The Stalin, Inu, Gaseneta, Bomb Factory, Lizard (que foi produzido por The Stranglers) e Friction (cujo guitarrista Reck já havia tocado com o Teenage Jesus & the Jerks antes de retornar a Tóquio) e The Blue Hearts. A cena punk foi inicialmente imortalizada em filme por Sogo Ishii, que dirigiu o filme Burst City de 1982, apresentando um elenco de bandas/músicos punk e também filmou vídeos para a banda The Stalin. A cena independente também incluiu um número diversificado de artistas alternativos/pós-punk/new wave como Aburadako, P-Model, Uchoten, Auto-Mod, Buck-Tick, Guernica e Yapoos (ambos com Jun Togawa como membro), G-Schmitt, Totsuzen Danball e Jagatara, além de bandas noise/indústrial como Hijokaidan e Hanatarashi.

Na década de 1980, atos como Boøwy inspiraram o que é chamado de "Band Boom" (バンドブーム, Bando Būmu; "Explosão de Banda" em português), popularizando a formação de grupos de rock.[25] Durante o período, Huruoma e o músico estadunidense Ry Cooder, colaboraram em um álbum de rock com Shoukichi Kina, força motriz por trás da banda Champloose de Okinawa. Eles foram seguidos por Sandii & The Sunsetz, que misturaram ainda mais influências japonesas e da música de Okinawa. Bandas de rock alternativo como Shonen Knife, Boredoms e The Pillows se formaram. Kurt Cobain, vocalista do Nirvana, admitiu ser fã de Shonen Knife durante concerto da banda em Los Angeles, Estados Unidos, em 1991. Mais tarde, Cobain as convidou para se juntar ao Nirvana em uma turnê nos Estados Unidos.[26][27]

Ver artigo principal: Visual kei
X Japan se apresentando no Madison Square Garden, Estados Unidos, em 2014. A banda é creditada como uma das pioneiras do visual kei.

Durante a década de 1980, bandas japonesas de metal e de rock deram origem ao movimento conhecido como visual kei. Pegando influência visual do glam rock ocidental e glam metal, o visual kei foi pioneiro por bandas como X Japan, Dead End, Buck-Tick, D'erlanger e Color. Apesar de ter iniciado no início dos anos 80, não foi até o final da década, que os atos de visual kei tiveram grande êxito. O álbum de Buck-Tick de 1988, Seventh Heaven, alcançou o número três na tabela de álbuns da Oricon, e seus sucessores Taboo (1989) e Aku no Hana (1990) o superaram.[28]

Em julho de 1991, o X Japan lançou o seu álbum de estúdio mais vendido: o terceiro álbum de estúdio, Jealousy, que liderou as tabelas japonesas e vendeu mais de um milhão de cópias.[29] Em 1992, assinou um contrato de gravação internacional com a Atlantic Records, mas um lançamento internacional nunca ocorreu.[30] A banda lançou mais dois álbuns de estúdio número um, Art of Life (1993) e Dahlia (1996), antes de se separarem em 1997. Na década de 1990, as bandas Luna Sea e Glay venderam milhões de discos, enquanto Malice Mizer, La'cryma Christi e Siam Shade também obtiveram êxito comercial.

1990–2000: Popularidade e festivais de rock

[editar | editar código-fonte]

Na década de 1990, músicos de rock japoneses como B'z, Mr. Children, Glay, Southern All Stars, Malice Mizer, Dir en grey, Shazna, Janne Da Arc, L'Arc-en-Ciel, Tube, Spitz, Wands, T-Bolan, Judy and Mary, Asian Kung-Fu Generation, Deen, Lindberg, Sharam Q, The Yellow Monkey, The Brilliant Green e Dragon Ash alcançaram êxito comercial. A dupla B'z é o artista mais vendido no Japão com mais de 86 milhões cópias vendidas[31] e especula-se que suas vendas atinjam cem milhões em todo o mundo.[32] A dupla também é a primeira banda asiática a ser introduzida no RockWalk de Hollywood.[33]

Na década de 1990, a canção de anime estava tornando-se o gênero de música mais vendido no Japão. Além disso, a ascensão do pop "descartável" foi associada à popularidade do karaokê. Paralelamente a isto, diversos festivais de rock surgiram. Em 1997, ocorreu a primeira edição do Fuji Rock Festival. No ano seguinte, a banda Supercar lançou seu influente álbum de estreia, Three Out Change.[34] Caracterizado como tendo "importância quase fundamental para o indie rock japonês do século 21",[35] o Supercar permaneceu ativo até 2005, lançando material do gênero rock eletrônico.[34] Além disso, a banda de visual kei Luna Sea lançou o êxito "I For You" em julho de 1998, que tornou-se tema de drama televisivo e as bandas de ska-punk do fim dos anos noventa que se estendem nos anos 2000, incluem Shakalabbits e 175R.

Na mesma época, bandas como Quruli e Number Girl começaram a influenciar fortemente o rock alternativo japonês. O crítico musical Ian Martin escreveu que, junto com o Supercar, esses grupos demonstraram que "bandas de rock japonesas poderiam enfrentar as bandas alternativas britânicas e estadunidenses dos anos 90 em seu próprio jogo...e, ao fazê-lo, abriram novos caminhos para o rock japonês se desenvolver à sua maneira".[36] O cenário de rock underground japonês,[37] é mais conhecido internacionalmente por bandas de noise rock como Boredoms e Melt-Banana, assim como bandas de stoner rock como Boris e bandas alternativas como Shonen Knife, Pizzicato Five e The Pillows (que ganhou atenção internacional em 1999 pela trilha sonora de FLCL). Outros notáveis atos internacionais de indie rock são Mono e Nisennenmondai.

Palco Green do Fuji Rock Festival. Um dos diversos festivais de rock existentes no Japão.

O Rising Sun Rock Festival lançou sua primeira edição em agosto de 1999 com quinze atrações no palco principal.[38] Enquanto Summer Sonic Festival surgiu em 2000 com 33 atrações, incluindo internacionais e o Rock in Japan Festival, que também surgiu em 2000 e é considerado um dos maiores festivais de rock em termos de público. Nos anos 2000, novas bandas do cenário do rock japonês surgiram e obtiveram êxito comercial, como Bump of Chicken, One Ok Rock, Sambomaster, Orange Range, Remioromen, Uverworld e Aqua Timez.[39] Bandas estabelecidas como B'z, Mr. Children, Glay e L'Arc-en-Ciel também permaneceram no topo das tabelas, embora B'z e Mr. Children, sejam as únicas bandas formadas nos anos oitenta a manter um alto padrão de vendas ao longo dos anos.

Nos anos 2000, o número de bandas femininas de rock começou a crescer. Dois dos primeiros desses grupos a alcançar êxito foram Zone e Chatmonchy.[40] O Zone, foi planejado para ser um grupo ídolo, mas tornou-se uma banda de rock graças a um de seus produtores.[41][42] Em 2006, o quarteto Scandal foi criado e sua popularidade levou-o a tornar-se famoso em todo o mundo e mais tarde, a banda realizou diversas turnês internacionais.[43]

2010–presente: Expansão fora do Japão

[editar | editar código-fonte]

Novo "band boom" e maior reconhecimento no exterior

[editar | editar código-fonte]

Durante o final dos anos 2000, houve um número crescente de bandas que construíram uma forte base de fãs antes de seu avanço principal na indústria da música. A banda indie Flumpool vendeu mais de um milhão de cópias de seu primeiro single digital "Hana ni nare". Sakanaction realizou seu primeiro concerto ao vivo no Nippon Budokan enquanto desfrutava de grande popularidade com seus singles "Aruku Around" e "Rookie". O Sakanaction foi considerado um tipo diferente de banda, já que experimentou música eletrônica e synthrock. Outras bandas que se tornaram mainstream incluem Gesu no Kiwami Otome, Sekai no Owari e Alexandros. Por causa do aumento repentino de bandas indie e bandas de rock em geral que competiram com artistas contemporâneos de J-Pop, o movimento foi referido como uma explosão de bandas pela mídia e foi elogiado como uma mudança para a música japonesa em geral. Como essas bandas não contam com um som muito pesado, mas adotam uma abordagem mais suave e cativante, elas provaram ser mais atraentes para os fãs de música pop que não estão familiarizados com o rock.[44][45][46]

Durante o período, bandas de rock veteranas como L'Arc~en~Ciel e X Japan esgotaram apresentações no Madison Square Garden em 2012 e 2014, respectivamente, entre outras grandes arenas pelos Estados Unidos. A partir de 2015, o guitarrista-slap Miyavi, que havia realizado a turnê internacional de maior êxito por um artista japonês em 2008,[47] se apresentou em 250 concertos em mais de trinta países ao redor do mundo.[48] Em 2016, o One OK Rock tornou-se a primeira banda japonesa a se apresentar na Taipei Arena, em Taiwan, além disso, obteve seus concertos esgotados em locais como a AsiaWorld-Arena em Hong Kong e Mall of Asia Arena nas Filipinas, tornando-a uma das maiores apresentações da banda fora do Japão, com uma média de público de doze mil pessoas em cada concerto.[49][50][51]

Metal feminino

[editar | editar código-fonte]

Durante a década, surgiu um grande número de bandas femininas de heavy metal que ganharam visibilidade do mainstream. Embora não seja o primeiro a se formar, a banda Aldious foi citada como as iniciadoras do movimento, quando seu álbum de estreia Deep Exceed (2010) liderou a Oricon Indies Albums Chart e alcançou a posição de número quinze na tabela principal.[52][53][54] Outra banda de metal feminina notável é Cyntia, que é creditada por ser a primeira do movimento a assinar contrato com uma grande gravadora quando se juntou à Victor Entertainment em 2013.[55] O ano de 2014 trouxe o êxito internacional da banda ídolo de kawaii metal Babymetal, através do hit viral do YouTube, "Gimme Chocolate!!".[56] Em 2016, o Babymetal iniciou uma turnê mundial na Wembley Arena, em Londres, tornando-se o primeiro artista japonês a encabeçar o local. Seu álbum Metal Resistance alcançou o número quinze na tabela UK Albums Chart, marcando a maior entrada de um artista japonês.[57][58]

A banda Band-Maid ganhou atenção mundial por volta de 2015 por sua aparência cosplay de empregada "submissa" contrastando com sua música agressiva.[59][60] Suas atividades internacionais iniciaram no ano seguinte, incluindo assinar contrato com a JPU Records.[60] Em 2018, Lovebites venceu o Metal Hammer Golden Gods Awards de Melhor Banda Nova e tornou-se a primeira banda japonesa de heavy metal feminina a se apresentar no Wacken Open Air da Alemanha.[61][62]

No ocidente e no Brasil

[editar | editar código-fonte]

A princípio divulgado no Ocidente com maior fervor por trilhas sonoras de anime e tokusatsus, o rock japonês conquistou público em muitos outros países não asiáticos. Especificamente no contexto brasileiro, diversos artistas do gênero se apresentam no país a décadas,[63] o que inspirou a criação de uma cena local formada por bandas brasileiras, sendo elaborada por descendentes ou não de japoneses. Durante os anos 2000, foram criados selos independentes brasileiros como a Subzone Records, dedicada a bandas que se influenciavam pelo visual kei e o rock japonês em geral.[64] Ao longo dos anos, diversas bandas inspiradas pelo rock japonês surgiram, cantando geralmente em língua inglesa e apresentando-se em eventos dedicados a cultura japonesa.[65][66]

Referências

  1. «A Guide to Jrock». jrockrevolution.com. Consultado em 27 de abril de 2008. Arquivado do original em 6 de maio de 2008 
  2. «What replaced the 80s band boom? 3 critics talk on 'Japanese adolescent rock. (em jaonês)». Real Sound.jp. 22 de dezembro de 2015 
  3. Marcial Balbas (outubro de 2017). «Imensos topetes japoneses - A força do psycobilly nipônico». Editora Escala. Neo Tokyo (120): 52-57. ISSN 1809-1784 
  4. Martin, Ian F. (2016). Quit Your Band: Musical Notes From the Japanese Underground. [S.l.]: Awai Books. p. 41. ISBN 978-1-937220-05-1 
  5. 究極のビートルズ来日賞味法! ビートルズが日本に与えたもの (em japonês). Oricon. 21 de junho de 2006. Consultado em 9 de janeiro de 2009 
  6. «AllMusic: The Mops». Consultado em 22 de outubro de 2020 
  7. Martin C. Strong; Brendon Griffin (18 de setembro de 2008). Lights, Camera, Soundtracks: The Ultimate Guide to Popular Music in the Movies. [S.l.]: Canongate Books. p. 338. ISBN 978-1-84767-003-8 
  8. Iori (2006). «Breve história do J-Rock». Editora Escala. Neo Tokyo (16): 18-27. ISSN 1809-1784 
  9. «Yuya Uchida Discography». uchidayuya.com. Consultado em 24 de fevereiro de 2016 
  10. «Anywhere - The Flower Travellin' Band». Allmusic. Consultado em 20 de abril de 2016 
  11. «We just stopped, took a break. It turned out to be for 36 years!». jrawk.com. Consultado em 3 de fevereiro de 2016. Cópia arquivada em 1 de janeiro de 2009 
  12. Fitzpatrick, Rob (5 de junho de 2013). «The 101 strangest records on Spotify: Flower Travellin' Band – Satori». The Guardian. Consultado em 20 de abril de 2016 
  13. «Review: Flower Travellin Band - Satori». Sputnikmusic. 15 de maio de 2013. Consultado em 20 de abril de 2016 
  14. a b «Kyoji Yamamoto leaves all inhibitions behind». The Japan Times. 18 de abril de 2009. Consultado em 20 de abril de 2016. Arquivado do original em 18 de outubro de 2012 
  15. «Vow Wow». Official Charts Company. Consultado em 20 de abril de 2016 
  16. «Loudness: Minoru Niihara looks back at "Thunder in the East" album». Roppongi Rocks. 22 de setembro de 2015. Consultado em 20 de abril de 2016 
  17. Top Pop Albums; May 18, 1985. [S.l.]: Billboard. p. 72 
  18. «Loudness - Chart History». Billboard. Consultado em 20 de abril de 2016 
  19. «UNITED – Thirty Years Of Thrash And Burn». carlbegai.com. 23 de dezembro de 2011. Consultado em 20 de abril de 2016 
  20. «Outerlimits Oricon chart» (em japonês). Oricon. Consultado em 12 de setembro de 2010 
  21. «Top 100 Japanese pops Artists - No.4». HMV Japan (em japonês). 27 de novembro de 2003. Consultado em 4 de fevereiro de 2016 
  22. «Happy End». Japrocksampler. Consultado em 25 de abril de 2013. Arquivado do original em 30 de agosto de 2011 
  23. TJ Mook Kike! Densetsu no Nihon Rokku 1969-79 TJ MOOK 聴け! 伝説の日本ロック1969-79 [TJ Mook Kike! Legendary Japanese Rock 1969-79]. [S.l.]: Takarajima Press. 2004. p. 33. ISBN 4-7966-3862-8 
  24. Jenkins, Mark) (2007), Analog synthesizers: from the legacy of Moog to software synthesis, ISBN 978-0-240-52072-8, Elsevier, pp. 133–4, consultado em 27 de maio de 2011 
  25. «Rocker Hotei hears London calling». The Japan Times. 14 de junho de 2012. Consultado em 27 de abril de 2013 
  26. Prato, Greg. «Shonen Knife – Biography». Allmusic. Macrovision Corporation. Consultado em 16 de março de 2009 
  27. «Summer Sonic 08 Live Report». Arquivado do original em 24 de agosto de 2016 
  28. «BUCK-TICKのアルバム売り上げランキング» (em japonês). Oricon. Consultado em 29 de janeiro de 2012 
  29. «X、初期のリマスター再発商品2作が好調!» (em japonês). Oricon. 14 de fevereiro de 2007. Consultado em 20 de abril de 2016 
  30. Strauss, Neil (18 de junho de 1998). «The Pop Life: End of a Life, End of an Era». The New York Times. Consultado em 20 de abril de 2016 
  31. Yang, Jeff (8 de setembro de 2005). «ASIAN POP Hello Kitty! Rock! Rock!». San Francisco Chronicle. Consultado em 23 de abril de 2014 
  32. «B'z got their 22nd No. 1 album, ranked No.1 in history and dominates all the 6 main ranking sections.» (em japonês). Oricon. 24 de junho de 2008. Consultado em 14 de novembro de 2008. Arquivado do original em 16 de outubro de 2008 
  33. «Duo B'z enters L.A. Rockwalk». The Japan Times. 21 de novembro de 2007. Consultado em 14 de novembro de 2008. Arquivado do original em 18 de abril de 2008 
  34. a b Martin, Ian (4 de outubro de 2017), «Supercar's 'Three Out Change!!' may be the most stunning debut in Japanese rock history», The Japan Times 
  35. Martin, Ian (17 de maio de 2019), «Supercar's Futurama», Metropolis 
  36. Martin, Ian F. (2016). Quit Your Band: Musical Notes From the Japanese Underground. [S.l.]: Awai Books. p. 26. ISBN 978-1-937220-05-1 
  37. Martin, Ian F. (2016). Quit Your Band: Musical Notes From the Japanese Underground. [S.l.]: Awai Books. p. 130. ISBN 978-1-937220-05-1 
  38. «Rising Sun Rock Festival 1999 in EZO». Wess.jp. Rising Sun Rock Festival. Consultado em 22 de abril de 2020 
  39. Sherman, Jennifer (8 de maio de 2018)."Aqua Timez Band Breaks Up After 2018". Anime News Network.
  40. Poole, Robert Michael (12 de fevereiro de 2010), «Chatmonchy go south by southwest», The Japan Times 
  41. ガールズバンド特集『新旧ガールズバンド大集合!人気のガールズバンドはこれだ!!』 (em japonês). Oricon. 24 de maio de 2006. Consultado em 23 de novembro de 2009 
  42. «ZONE、解散後で初のNO.1に!» (em japonês). Oricon. 19 de abril de 2005. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  43. Biese, Alex (1 de setembro de 2018), «Scandal from Japan returning to America for fall tour», Asbury Park Press 
  44. «ゲスの極み乙女。、なぜ人気? 新世代の台頭でバンドブーム再燃なるか» [Why is Gesu no Kiwami Otome popular? Is there going to be another "Band Boom" with the rise of the new generation?]. Oricon (em japonês). Oricon News. 30 de junho de 2015. Consultado em 29 de janeiro de 2016 
  45. Chouseisan (18 de novembro de 2015). «2015 year of the Band Boom?». Recruit Holdings Inc. Consultado em 27 de janeiro de 2016 
  46. Aoki, Ryotaro (6 de dezembro de 2015). «Gesu tapped into the 2015 band boom». The Japan Times. Consultado em 27 de janeiro de 2016 
  47. Wilks, Jon (19 de janeiro de 2011). «Miyavi: Artist, family man, delight to the nostrils». Time Out Tokyo. Consultado em 2 de maio de 2014. Arquivado do original em 1 de maio de 2014 
  48. «Japan's Miyavi says Nashville infuses his latest CD». Reuters. Yahoo!. 28 de setembro de 2015. Consultado em 19 de março de 2017 
  49. Apple Daily (16 de janeiro de 2016). «ONE OK ROCK嗨唱 搖滾撼動小巨蛋» (em chinês). Apple Daily (Taiwan). Arquivado do original em 19 de janeiro de 2016 
  50. Ajt Santos (21 de janeiro de 2016). «One OK Rock is a true class act we can't wait to see again». Philippine Daily Inquirer. Consultado em 27 de janeiro de 2016 
  51. Steven Lavoie (19 de janeiro de 2016). «One OK Rock thrills Manila». Rappler. Consultado em 27 de janeiro de 2016 
  52. «アルディアス、Marina加入». barks.jp (em japonês). Consultado em 20 de abril de 2016 
  53. «The DESTROSE Connection ~The Prologue~». jame-world.com. Consultado em 19 de abril de 2016 
  54. «Aldiousのアルバム売り上げランキング». Oricon (em japonês). Consultado em 20 de abril de 2016 
  55. «Cyntia». jame-world.com. Consultado em 17 de abril de 2017 
  56. «BABYMETAL レディー・ガガの米ツアーに大抜擢、LAワンマンも». Billboard Japan (em japonês). 17 de junho de 2014. Consultado em 20 de abril de 2016 
  57. «BABYMETAL、宙を舞う! 新曲連打、大発表続々で燃えた横浜アリーナ公演レポート!». Rockin'On Japan (em japonês). 14 de dezembro de 2015. Consultado em 20 de abril de 2016 
  58. «Babymetal break 2 UK records». Metal Hammer. 5 de abril de 2016. Consultado em 15 de maio de 2016 
  59. «"Thrill" to the Sounds of Japanese Girl Band Band-Maid — Video». Guitar World. 1 de julho de 2015. Consultado em 11 de março de 2018 
  60. a b «Who are Band-Maid and what do they want?». Teamrock.com. 30 de agosto de 2016. Consultado em 11 de janeiro de 2017 
  61. «Lovebites Named Best New Band at The Metal Hammer Golden Gods Awards 2018». JaME World. 12 de junho de 2018. Consultado em 12 de junho de 2018 
  62. «LOVEBITES Confirmed for Wacken Open Air 2018». JPU Records. Consultado em 25 de fevereiro de 2018 
  63. «Brasil na rota dos artistas japoneses». KOI Editora. Revista Mundo OK. 11 de dezembro de 2019. Consultado em 1 de novembro de 2020 
  64. «Subzone Records: Selo Brasileiro de Visual Kei». Whiplash.net. 14 de maio de 2018. Consultado em 1 de novembro de 2020 
  65. Ropero, Caroline (3 de agosto de 2014). «A moda agora é rock japonês». Diário do Grande ABC. Consultado em 1 de novembro de 2020 
  66. Sousa, Sheyla (22 de julho de 2016). «O rock é japonês, mas quem canta é brasileiro». Jornal O Hoje. Consultado em 1 de novembro de 2020