Blond Ambition World Tour: diferenças entre revisões
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Revisão das 23h57min de 9 de fevereiro de 2024
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Blond Ambition World Tour | |||||||
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Pôster promocional para da turnê | |||||||
Turnê mundial de Madonna | |||||||
Locais |
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Álbum associado | Like a Prayer I'm Breathless | ||||||
Data de início | 13 de abril de 1990 | ||||||
Data de fim | 5 de agosto de 1990 | ||||||
N.º de apresentações | 32 na América do Norte 9 na Ásia 16 na Europa 57 Total | ||||||
Receita | US$ 62,7 milhões | ||||||
Cronologia de turnês de Madonna | |||||||
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Blond Ambition Tour é a terceira turnê musical da artista musical estadunidense Madonna, A turnê foi lançada em suporte ao seu quarto álbum de estúdio, Like a Prayer, e a trilha sonora, I'm Breathless. A turnê passou pela à América do Norte, Europa e Ásia. Foi uma turnê altamente controversa, principalmente por sua justaposição de iconografia católica e sexualidade. A revista Rolling Stone descreveu a turnê como "elaboradamente coreografada, extravagantemente sexual e provocativo", e a proclamou a "melhor turnê do ano".[1] Em 1991, foi lançado um documentário, Truth or Dare (In Bed with Madonna fora da América do Norte), narrando a turnê. A turnê recebeu o "Most Creative Stage Production" no Pollstar Concert Industry Awards.[2] A turnê foi nomeada como o maior concerto da década de 1990 pela Rolling Stone.[3] Em 2015, a BBC creditou a turnê como "inventar o moderno espetáculo pop multimídia".[4]
A turnê arrecadou mais de US$ 60 milhões. Somente na América do Norte, 482,832 ingressos foram vendidos nas primeiras duas horas, durante a pré-venda, arrecadando US$ 14,237,000.[5] A turnê também quebrou o recorde no Los Angeles Memorial Sports Arena, com lucros de US$ 456,720, tornando-se o evento musical de maior bilheteria de todos os tempos.[6]
A turnê foi recebida com forte reação de grupos religiosos por sua performance de "Like a Virgin", durante a qual dois dançarinos acariciaram seu corpo simulando uma masturbação.[7] A Igreja da Inglaterra e a Igreja Católica criticaram sua performance e o Papa pediu ao público em geral e à comunidade cristã que não participassem do concerto.[8] Uma associação privada de católicos que se chamam Famiglia Domani também boicotou a turnê por seu erotismo.[9] Em resposta, Madonna disse: "A turnê de nada prejudica os sentimentos de ninguém. É para mentes abertas e faz com que elas vejam a sexualidade de uma maneira diferente. Elas mesmas e outras".[10]
O concerto foi filmado várias vezes, incluindo datas nos Estados Unidos, França, Japão e Espanha. Um especial da HBO, intitulado Madonna – Live! Blond Ambition World Tour 90, foi filmado em Nice, França e mais tarde foi lançado comercialmente como Blond Ambition World Tour Live pela Pioneer Artists, exclusivamente no formato Laserdisc. Em 1992, foi indicado ao Grammy Awards onde ganhou na categoria de Best Long Form Music Video. Outra gravação da turnê, Blond Ambition: Japan Tour 90, foi lançado exclusivamente no Japão pela Warner-Pioneer.
Antecedentes
Em janeiro de 1989, a Pepsi-Cola fechou um contrato de US$ 5 milhões com Madonna para que a mesma estrelasse em um comercial televisivo promovendo tanto a empresa quanto seu próximo single "Like a Prayer".[11] O acordo também abrangeu a Pepsi como patrocinadora oficial da próxima turnê mundial da cantora, inicialmente anunciada como "Like a Prayer World Tour".[12][13] Madonna tinha a intenção de incluir "Like a Prayer" na propaganda antes do lançamento oficial da canção, uma abordagem inovadora na indústria da música. A Pepsi também se beneficiou ao associar seu produto a Madonna, gerando assim promoção mútua.[11] O comercial, intitulado "Make a Wish", estreou durante a transmissão global da 31.ª edição anual dos Grammy Awards em 12 de fevereiro de 1989, alcançando uma audiência de cerca de 250 milhões de pessoas.[14][15][16] No dia seguinte, o videoclipe de "Like a Prayer" estreou no canal MTV.[17] Grupos religiosos, incluindo o Vaticano, protestaram contra Madonna pelo uso de símbolos cristãos no vídeo, como cruzes queimadas e por beijar um santo negro, acusando-a de blasfêmia. Isso levou a um boicote as subsidiárias da Pepsi e da PepsiCo.[18][19] Como resposta, a empresa retirou o comercial do ar e cancelou o contrato de patrocínio com a cantora.[20][21]
A Sire Records anunciou oficialmente a Blond Ambition World Tour em 16 de novembro de 1989, e a apresentação de Madonna de "Express Yourself" no MTV Video Music Awards de 1989 foi considerada uma "prévia" do que estava por vir.[22] A cantora caracterizou a excursão como "muito mais teatral do que qualquer coisa que eu já fiz [...] Eu sei que não sou a melhor cantora e sei que não sou a melhor dançarina. Entretanto, posso irritar as pessoas e ser tão provocativa quanto eu quiser. O objetivo da turnê é acabar com tabus inúteis".[23][24] O repertório da digressão foi composto principalmente pelas canções do álbum Like a Prayer, e da trilha sonora I'm Breathless, do filme Dick Tracy.[25]
Desenvolvimento
Concepção e ensaios
Conforme descrito por J. Randy Taraborrelli, Madonna exercia um "domínio absoluto sobre praticamente todos os elementos da turnê".[26] Christopher Ciccone, irmão da cantora, foi selecionado como diretor artístico da excursão. Em sua autobiografia, Life with My Sister Madonna, declarou que Madonna o convidou para vesti-lá, mas também lhe pediu para dirigir e criar o cenário do show.[27] A equipe também consistia em sete dançarinos, duas vocalistas de apoio e oito músicos.[28] Vincent Paterson, a quem a cantora conheceu durante a gravação do comercial da Pepsi, foi escolhido como coreógrafo. As audições para dançarinos ocorreram em Nova Iorque e Los Angeles, onde a coreógrafa Karole Armitage procurava "dançarinos ousados", como anunciado na revista Daily Variety, excluindo "fracotes e aspirantes".[29] Luis Camacho e Jose Gutierez Xtravaganza que trabalharam com Madonna no vídeo de "Vogue", foram os primeiros escolhidos, sendo convidados para uma audição informal na boate Tracks após enviarem uma videotape.[30] A artista pediu para Carlton Wilborn encontrá-la em uma boate após sua audição, destacando a importância da confiança durante a seleção e descrevendo os ensaios como intensos, semelhantes a um "campo de treinamento".[31] Madonna escolheu outros dançarinos, como Oliver Crumes, Kevin Stea, Gabriel Trupin e Salim Gauwloos,[30] tendo a intenção de integrar moda e elementos da Broadway, ao invés de focar apenas na música, como observado por Paterson.[26][32]
Madonna usava frequentemente um microfone headset, conhecido devido ao seu uso constante como "Madonna mic", que permitia maior liberdade de movimento para suas apresentações coreografadas.[33][34] Outras pessoas que integraram a equipe da turnê foram Jai Winding, John Draper e Chris Lamb.[35] Além disso, os ensaios da excursão ocorreram nos estúdios da Walt Disney em Burbank, na Califórnia.[28]
Figurinos e palco
Quando Madonna me ligou em 1989, dois dias antes do meu desfile, pensei que fosse uma brincadeira da minha assistente. Eu era um grande fã. Ela me pediu para fazer o figurino da turnê, com especificações claras – um terno listrado e um espartilho feminino. Madonna aprecia a combinação entre o masculino e o feminino nas minhas roupas. Foi uma série de incertezas, entre "não, sim, não, sim, não".[36]
— O designer Jean Paul Gaultier falando sobre colaboração com cantora em entrevista para o The New York Times.
A cantora entrou em contato com o estilista francês Jean Paul Gaultier para criar os figurinos da turnê, cativada por sua "irreverência e humor", e enviou-lhe uma carta escrita à mão solicitando seus designs.[37][38] Gaultier aceitou com alegria, afirmando que admirava Madonna e seu estilo ousado.[38] Ambos levaram três meses para finalizar os detalhes dos trajes, encontrando-se no Carlyle Hotel em Nova Iorque, e em locais adicionais como o restaurante Bofinger em Paris, o Balajo Club, a boate Zoopsie e o Théâtre Equestre Zingaro.[38] Gaultier descreveu esse período como extremamente estressante, relatando ter consumido "350 aspirinas e ter elaborado 1,500 esboços" antes de a cantora aprovar seus projetos.[39] Niki Haris, cantora de apoio e dançarina da turnê, relembrou que Madonna sempre priorizava as roupas e os sapatos.[40] Foram produzidos dois corpetes com copas cônicas, um em cor de pêssego e outro em dourado sólido.[41] Gaultier teve a ideia quando criança, ao ver um espartilho em uma exposição com sua avó, apaixonando-se pela cor da pele, o cetim salmão e a renda, e "o sutiã cônico dourado foi uma extensão dessa inspiração".[36] Outros figurinos criados incluíam um terno com listras, um espartilho listrado nas cores verde e branco no estilo vaudeville, um mini-vestido preto decorado com a ave de pelúcia marabu, além de uma batina preta com crucifixo neon.[42][43] Cada peça foi costurada duas vezes com fios elásticos para evitar incidentes.[44] Nos concertos realizados na Ásia e América do Norte, a cantora usou um aplique de rabo de cavalo sintético, substituído por um penteado encaracolado na etapa europeia.[45]
A construção do palco foi de aproximadamente US$ 2 milhões.[37] Possuía dimensões de 26 metros e 16,2 centímetros e necessitava de mais de cem pessoas para montá-lo, além de 18 caminhões para transportá-lo.[46] Também apresentava uma plataforma hidráulica gigante, na qual Madonna subia no início de cada apresentação.[46] O espetáculo era dividido em diferentes blocos, cada um com a própria temática e definição específica.[37] A cantora e seu irmão se inspiraram na moda e arquitetura das décadas de 1920, 1930 e 1940 para criar os designs de cada ato.[37] O primeiro, inspirado no filme Metropolis (1927) e no videoclipe "Express Yourself", apresentava funis com fumaça, tubulações de aço, cabos suspensos e uma escada central.[47] Seguidamente, as cortinas caiem e a cantora é vista em uma cama de veludo vermelho.[37] No terceiro ato, de temática religiosa, destacavam-se um grande arco de colunas coríntias e velas votivas.[37] O quarto e último segmento, tinha elementos cênicos inspirados nos arranha-céus de estilo Art déco, com uma grande escada semicircular e cenários inspirados nas obras de Tamara de Lempicka.[37] Além de conter itens, como um piano de cauda e uma enorme cruz iluminada com luzes roxas e laranja.[37] A banda belga Technotronic foi selecionada como ato de abertura da tunê.[48]
Sinopse do concerto
O concerto foi dividido em cinco segmentos distintos: Metropolis, Religious, Dick Tracy, Art Deco e um bis.[13] Inicia-se com "Express Yourself", contendo durante sua introdução elementos de "Everybody" (1982).[49] Sete dançarinos se apresentam no palco antes de Madonna subir em uma plataforma.[37] A mesma utiliza um terno listrado e o cônico espartilho de Gaultier,[50] e é acompanhada por suas vocalistas de apoio, Niki Haris e Donna De Lory, enquanto apresenta uma coreografia com simulações sexuais.[51] "Open Your Heart" é apresentado logo após o número de abertura, com Madonna sentada em uma cadeira durante a performance.[52] Em "Causing a Commotion", a cantora usava uma jaqueta colorida de ciclismo e simulou uma luta com Haris e De Lory.[53] A música final do segmento foi "Where's the Party". Três dançarinos fizeram uma coreografia elaborada enquanto Madonna deixava o palco para trocar de roupa.[53]
A seção religiosa começou com uma versão lenta e sensual de "Like a Virgin", baseada em cítara.[37] Madonna estava vestida com o espartilho Gaultier dourado e simulava se masturbar em cima de uma cama de veludo vermelho. Ela foi ladeada por dois dançarinos vestindo calças justas e sutiãs pontudos de ouro.[37] Para "Like a Prayer", Madonna usava uma túnica preta e se ajoelhou no meio do palco, cercado por velas votivas, enquanto seus dançarinos, vestidos como padres e freiras, giravam ao redor dela e pronunciavam o frase "Oh my God" várias vezes.[54] Em seguida, ela tocou "Live to Tell" em um uma cadeira reclinatória. No meio da música, ela começou a cantar "Oh Father", enquanto Carlton Wilborn, vestido de preto, fazia o papel de padre.[55] Uma apresentação energética de "Papa Don't Preach" encerrou esta seção.[56] "Sooner or Later" abriu o segmento Dick Tracy. Madonna estava sentada em cima de um piano de cauda e usava um espartilho com tema de cabaré sob uma longa túnica preta. Para o enérgico "Hanky Panky", ela se juntou a Haris, De Lory e uma dançarina vestida como Dick Tracy. No final da apresentação, ela dizia à platéia: "Vocês todos conhecem os prazeres de uma boa surra, não sabem? [...] quando magoei as pessoas, me sinto melhor, entende o que eu quero dizer?".[57][58] "Now I'm Following You" encerrou o segmento; Madonna dançou com o dançarino de Dick Tracy para uma versão pré-gravada da música, enquanto outros seis dançarinos em trincheiras amarelos fizeram a linha de chute.[37]
O ato Art Deco começou com "Material Girl"; executadas com um forte sotaque do centro-oeste estadunidense, Madonna, Haris e De Lory sentavam-se sob os secadores de cabelo dos salões de beleza e usavam vestidos rosa e macios com cifrões embaixo dos roupões de banho. No final da apresentação, elas pegavam notas de dólar falsas de dentro de seus peitos e as jogavam para a multidão.[59] A próxima música tocada foi "Cherish". Apresentava Madonna tocando harpa e seus dançarinos vestidos como tritões.[53] Madonna termina a seção com "Into the Groove", realizada com dançarinos vestidos de couro, e "Vogue". Este último apresentava pinturas de Tamara De Lempicka nos bastidores, com a cantora e os dançarinos vestindo elastano preto e fazendo a coreografia original do videoclipe.[60][61] O primeiro bis, "Holiday", apresentou Madonna vestida com uma blusa pontilhada de bolinhas com babados combinando na parte inferior das calças brancas.[53] A apresentação final da turnê foi "Keep It Together", com amostras de letras de "Family Affair" de Sly and the Family Stone. Começou com dançarinos aparecendo no palco, com cadeiras nas costas. Madonna veio vestida com um conjunto todo preto envolvendo um colete de gaiola, shorts justos, joelheiras e chapéu-coco. Ela começou a cantar "Family Affair", então no meio da música, voltou para "Keep It Together".[62] Durante a música intermediária, ela e os dançarinos fizeram uma coreografia com as cadeiras. No final, todos os músicos, dançarinos e colaboradores vieram se despedir de Madonna e desapareceu em um buraco no palco.[53] A cantora foi deixada sozinha no palco para terminar com uma repetição de sua linha "Manter as pessoas unidas para todo o sempre".[nota 1][62]
Análise da crítica
A turnê recebeu análises em sua maioria positivas dos análisadores especializados. Taraborrelli escreveu que "números de dança descaradamente sexuais e imagens religiosas se misturavam em uma extravagância inesquecível em ritmo acelerado e fortemente coreografada".[63] Pensamentos semelhantes foram compartilhados por Barry Waters da Rolling Stone.[1] Escrevendo para o Los Angeles Times, Robert Hilburn opinou que o programa "Blond Ambition" de Madonna vem equipado com coreografia de alto conceito e estilo de palco, suficiente para satisfazer o mais exigente observador de estrelas de uma multidão igualmente povoada por fãs do estilo consciente e fãs mainstream simplesmente curiosos".[64] Ron Miller, do The Pittsburgh Press, chamou de "grande, chamativo e cheio de números de produção elaborados e trocas de figurinos".[65] Também da The Pittsburgh Press, David Hinckley comparou-o a uma "produção da Broadway chamativa e de alta energia".[66] Em sua resenha do show em 7 de maio de 1990 na Dallas Reunion Arena, Tom Maurstad sentiu que "não era tanto um concerto, mas uma extravagância musical, com cada música funcionando mais como sua própria produção"; no entanto, ele criticou a cantora por confundir Dallas com Houston quando se dirigiu à multidão durante um concerto.[67] Peter Buckley, autor de The Rough Guide to Rock, elogiou a produção e disse que era "uma visão imaginativa da encenação de uma apresentação em um estádio".[68] Montgomery Brower e Todd Gold, da People, o chamaram de "Motim incrível de 105 minutos devido à sua amplitude de controvérsia".[69] Para Scott Anderson, da revista Gay Times, "apesar de tudo o que está acontecendo no palco, ainda parecia um concerto e, apesar da precessão da coreografia, tinha uma certa crueza, era brincalhão e espontâneo".[70] Richard Harrington, do The Washington Post, saudou a turnê como "uma versão roadshow dos vídeos que a tornaram uma das maiores estrelas do mundo".[71]
Frank DeCaro, do Newsday, observou que "em pouco mais de uma hora e meia, [Madonna] faz malabarismos com tantos looks quanto um mês de capas de revistas internacionais", concluindo que "Blond Ambition é uma noite no The Roxy, a Pirâmide e o Studio 54 em seu auge, todos reunidos em um".[72] Da mesma publicação, John LeLand disse que "a palavra avançada era que era chocante e ultrajante [...] Mas o que reuniu a maioria da multidão no Coliseu de Nassau na noite de segunda-feira, foi que não ficamos chocados. Divertido, agradado, estimulado ou desviado, talvez, mas não chocado ou indignado".[73] Sujata Massey, do The Baltimore Sun destacou as performances "apaixonadas", as roupas de Madonna e a conversa "sexy".[74] Greg Kot, do Chicago Tribune, sentiu que "embora a música certamente tenha proporcionado algumas emoções emocionantes, foi Madonna a artista, dançarina, filósofa desonesta e quadrinista de boca inteligente que tornou a noite memorável".[75] Ele elogiou a presença no palco da cantora e apontou a performance de "Like a Virgin" por ser "sedutora e hilária".[75] Kot concluiu sua crítica: "nada sobre esta produção era de segunda categoria. Cada uma das 18 músicas da noite foi coreografada com habilidade, e a iluminação, a encenação e o figurino eram geralmente espetaculares".[75] Em uma análise do concerto, Jon Pareles, do The New York Times, escreveu que "Madonna pode estar testando tabus, mas ela dificilmente está abrindo novos caminhos nos teatros de rock", também criticando o uso do playback; "ela claramente preferia sincronizar os lábios a arriscar uma nota errada. Isso torna o show sem ar e desanimador".[76] Três anos depois, o mesmo autor disse que "com 'Blond Ambition' era o símbolo sexual menos paquerador do pop" e o considerava "orgulhosamente irracional".[77] Em sua crítica ao cocnerto realizado em Gotemburgo, Luis Hidalgo, do El País, disse que "a grande questão é saber se Madonna canta ao vivo ou não completamente. [...] A inexistência de ofegos naturais e respirações agitadas reforça essa hipótese".[48] A autora Lucy O'Brien criticou oato de Dick Tracy, chamando-o de "a parte menos dinâmica do show".[78] A Blond Ambition World Tour ganhou o prêmio de Produção de Palco Mais Criativa pelo Pollstar Concert Industry Awards 1990, e também foi indicada na categoria de Turnê Principal do Ano.[79]
Desempenho comercial
A turnê foi vista por 800,000 pessoas em todo o mundo, com relatórios iniciais de uma receita bruta de US$ 19 milhões.[80] Os três primeiros shows no Chiba Marine Stadium, no Japão, tiveram a participação de 35,000 pessoas cada, arrecadando US$ 4,5 milhões.[81] Na América do Norte, 482,832 ingressos foram vendidos nas duas primeiras horas durante a pré-venda, arrecadando US$ 14 milhões.[82] Somente as quatro primeiras datas registraram um faturamento de quase US$ 1,5 milhão.[83] Em Los Angeles, a turnê estabeleceu um recorde na Memorial Sports Arena; os ingressos para os três primeiros shows foram esgotados em 45 minutos,[84] e arrecadou US$ 456.720 dólares, tornando-se o evento musical de maior bilheteria de todos os tempos na história da arena.[85] Os recursos da última data americana em Nova Jersey, acima de US$ 300,000, foram doados à organização sem fins lucrativos amfAR; o show foi dedicado à amiga Keith Haring, que morreu de AIDS.[13]
A turnê também provou ser bem-sucedida na Europa. O concerto único em Roma contou com a participação de 30,000 pessoas.[86] Na Espanha, os ingressos foram colocados à venda em 11 de junho de 1990; os preços variaram de 1,200 a 4.000 peseta.[87][88] O concerto único no Estádio Vicente Calderón de Madri atraiu 50,000 fãs, enquanto em Vigo apenas 23,000 dos 40,000 ingressos foram vendidos.[89][88] O único concerto nas docas de Eriksberg Docks, em Gotemburgo, atraiu 55,000 pessoas, uma das maiores multidões para um concerto na época.[90] Após a conclusão, foi relatado que a digressão arrecadou um total de US$ 62,7 milhões (US$ 122,7 milhões de dólares em 2019) de 57 shows.[91] Madonna foi nomeada a segunda artista solo de maior sucesso da época, atrás apenas de Michael Jackson.[92]
Controvérsias
A Blond Ambition World Tour foi objeto de polêmica devido às suas imagens sexuais e católicas. Na Itália, uma associação privada de católicos romanos pediu um boicote aos shows em Roma e Turim; O Papa João Paulo II exortou o público em geral e a comunidade cristã a não comparecer à turnê, chamando-a de "um dos shows mais satânicos da história da humanidade".[93][94] O jornal do Vaticano, L'Osservatore Romano, considerou-o "pecaminoso, blasfemo" e "uma completa desgraça", enquanto a Famiglia Domani, uma associação privada de católicos conservadores, criticou seu erotismo e o chamou de "vergonhoso".[95][13][96][97] Madonna realizou uma soletiva de imprensa no Aeroporto Internacional de Roma – defendendo-se e à turnê: "Sou ítalo-estadunidense e tenho orgulho disso... A turnê não prejudica os sentimentos de ninguém. É para mentes abertas e leva a ver a sexualidade de uma maneira diferente e outros [...] como o teatro, [Blond Ambition] faz perguntas, provoca pensamentos e leva você a uma jornada emocional, retratando o bem e o mal, luz e escuridão, alegria e tristeza, redenção e salvação".[98][13] No entanto, os protestos tiveram efeito e um segundo show planejado no Stadio Flaminio da cidade foi cancelado devido à baixa venda de ingressos e uma greve geral ameaçada pelos sindicatos.[86] O Jornal romano Il Messaggero rejeitou a controvérsia com uma revisão morna; "Muito barulho por nada", dizia a manchete.[99]
Em Toronto, o tom explícito da turnê também causou problemas. Durante o primeiro show no SkyDome da cidade, em 27 de maio, a equipe recebeu uma visita da polícia local que ameaçou prender a cantora por "exibição lasciva e indecente", especificamente a cena da masturbação durante a performance de "Like a Virgin".[100][101] No entanto, de acordo com a Rolling Stone, nenhuma acusação foi feita depois que o gerente da turnê deu à polícia um ultimato: "Cancele o show e você terá que dizer a 30,000 pessoas o motivo".[102] O show ficou inalterado e Madonna começou o show perguntando à platéia "você acredita em liberdade de expressão?", E depois divulgou uma declaração dizendo que estava disposta a ser presa para proteger sua liberdade de "me expressar como artista".[103][104] Frank Bergen, um oficial de Toronto na época, lembrou que as reivindicações foram conduzidas por um policial aposentado e detetive com uma "posição forte" contra Madonna e a turnê. Ele também disse que, apesar do surgimento de um drama mais agudo, como descrito no documentário Madonna: Truth or Dare, ele sente que a polícia se deparou "como maçanetas reais".[105] Kevin Stea, um dos dançarinos, disse que a trupe estava disposta a ser presa por causa da performance, chamando de "o momento mais poderoso que eu já senti com Madonna. Como equipe, estávamos todos juntos".[105]
Transmissões e gravações
O último concerto em Nice, na França, foi gravado e transmitido na HBO. O especial foi anunciado como "estrela pop feminina número 1 da América em uma apresentação ao vivo por satélite de um dos maiores eventos de música pop do verão"; de acordo com o Chicago Tribune, não era um especial pay-per-view, pois o canal queria se diferenciar de sua rival de TV paga, Showtime.[106] A transmissão deu à HBO um recorde das classificações mais altas de todos os tempos para um concerto original na época; cerca de 4,5 milhões de pessoas assistiram ao especial.[63] Foi considerado muito atrevido para a televisão e, durante o show, Madonna disse às câmeras: "Você sabe que eu tenho que dizer à América: tenha um senso de humor, ok?".[63] Logo depois, o disco foi lançado exclusivamente no Laserdisc, intitulado Blond Ambition World Tour Live; Madonna ganhou sua primeira vitória no Grammy de Melhor Vídeo Musical Longo.[107] Uma das datas de Yokohama também foi gravada e lançada exclusivamente no Japão sob o título Blond Ambition - Japan Tour 90.[108] Além desses lançamentos, a emissora espanhola TVE gravou o show em Barcelona e foi ao ar em 30 países[89] L’Osservatore Romano sentiu que a transmissão do show violava "bom senso, bom gosto e decência".[109] Na Inglaterra, a BBC Radio 1 transmitiu o concerto completo do Wembley Stadium, o que levou à controvérsia sobre a profanação que Madonna usou ao vivo no ar.[7]
O documentário que narra a turnê Madonna: Truth or Dare (conhecido como In Bed with Madonna fora da América do Norte), foi dirigido por Alek Keshishian e lançado nos cinemas em 10 de maio de 1991, arrecadando mais de US$ 15 milhões.[40][110] A cantora abordou Keshishian sobre fazer um especial da HBO nela e na turnê. O diretor achou que a cena dos bastidores era "uma família disfuncional do estilo Fellini" e convenceu a cantora a fazer um filme real focado nisso, com imagens intercaladas de algumas apresentações.[111] Recebeu críticas geralmente positivas; Peter Travers, da Rolling Stone, escreveu que "você não pode sair Truth or Dare amando Madonna, mas você a respeitará como uma força da natureza".[112] Em 2018, foi nomeado pelo The Guardian como o maior documentário musical de todos os tempos, com Ryan Gilbey afirmando que "[Alek] Keshishian não poderia ter treinado suas câmeras em Madonna em um momento melhor".[113] No entanto, também foi indicado ao Razzie Award de pior atriz por Madonna como ela mesma.[114] Foi lançado em vídeo pela LIVE Entertainment em 9 de outubro de 1991.[115] O documentário de 2016, Strike a Pose narrou a vida de seis dançarinos após o término da turnê.[116]
Legado
A turnê mundial da Blond Ambition é conhecida por sua teatralidade e moda, algo incomum para shows na época. Drew Mackie, da People, disse que "Blond Ambition mudou o cenário da cultura pop". O fato de o show ter sido dividido em cinco atos temáticos diferentes representou, segundo o autor, "não apenas um nível de planejamento criativo incomum para shows na época, mas também o grande volume de material com o qual Madonna teve que trabalhar".[13] Lucy O'Brien observou que a cantora já havia explorado "o teatro musical conceitual como concerto" com sua Who's That Girl World Tour, mas não foi até a Blond Ambition que "arte, espetáculo e dança realmente se uniram".[117] Courtney E. Smith escreveu em seu livro Record Collecting for Girls: Unleashing Your Inner Music Nerd, One Album at a Time que "[Blond Ambition] mudou para sempre as expectativas do público em shows pop. Mesmo que você não tenha ido, provavelmente familiarizado com essa digressão".[118] O coreógrafo Vincent Paterson lembrou que o objetivo de Madonna era "quebrar todas as regras que podemos. Ela queria fazer declarações sobre sexualidade, sexualidade cruzada e a igreja. E ela o fez".[40] A dançarina Luis Camacho disse que Madonna queria elevar a fórmula do show a um "nível de teatro. Inserindo arte nisso, ela também queria dar ao público uma experiência, em vez de apenas ir a um show".[119] Scott Anderson concluiu que o Blond Ambition Tour "mudou a maneira como os artistas performam e se apresentam em estádios e arenas".[70] De acordo com Christopher Rosa, do VH1, a turnê "solidificou o status de Madonna como uma artista de tour-de-force cultural e inovadora pop".[120]
"Embora seus contemporâneos estivessem vendendo estádios com grandes shows econômicos, não houve nada tão teatral. Foi, como ela disse enquanto falava contra o Vaticano, uma apresentação teatral de sua música. Os cenários subiram do chão, voou pelos lados e desceu do teto, aumentando a emoção do show. Madonna havia estabelecido o padrão ... e estava prestes a montá-lo".[70]
—Scott Anderson, do Gay Times falando sobre a turnê.
A Rolling Stone observou que Madonna "reinventou a próprio megatour pop"; em 2017, a revista incluiu Blond Ambition em sua lista dos "50 Maiores Concertos dos Últimos 50 Anos".[23] Da mesma forma, a revista Q o nomeou um dos "10 Maiores Shows de Todos os Tempos"; Sylvia Patterson explicou que "na primavera de 1990, Madonna não era apenas a mulher mais regonisável da Terra, mas a força pop mais gloriosamente dinâmica do planeta. [...] Blond Ambition, sua terceira grande turnê, foi reconhecida como a primeira – uma turnê pop global para usar os valores da produção de teatro da Broadway com cenários e um 'arco' narrativo"..[121] Ramona Liera Schwichtenberg, Deidre Pribram, Dave Tetzlaff e Ron Scott, autores de The Madonna Connection: Representational Politics, Subcultural Identities, And Cultural Theory escreveu que a turnê "revelou as tensões contraditórias subjacentes na cultura americana dominante em relação à sexualidade. [Blond Ambition] violava muitos códigos sexuais frágeis e de classe média e limites".[122] Ele também deixou sua marca no trabalho de atos pop subsequentes; El Hunt escreveu: "Pense nos chicotes e correntes de 'S&M' de Rihanna, 'Side to Side' de Ariana Grande e inúmeros outros grandes nomes do pop que surgiram depois de Madonna, e vestígios de Blond Ambition permanecem em todos os seus movimentos".[119] O videoclipe "Alejandro" de de Lady Gaga, foi considerado uma "carta de amor visual" para Madonna e a turnê.[123] A turnê Let's Get to It de Kylie Minogue, em 1991, foi criticada por suas semelhanças com Blond Ambition e tornou-se "paródia".[124]
A turnê também influenciou o mundo da moda. Em seu livroFashion Details: 1,000 Ideas from Neckline to Waistline, Pockets to Pleats, San Martin chamou o espartilho cônico Gaultier "um símbolo emblemático da moda no início dos anos 90".[125] Para a Billboard, Gregory DelliCarpini Jr. afirmou que o espartilho 'redefiniu a silhueta feminina e mudou-se muitos designers para adicionar alguma vantagem às suas roupas íntimas'.[126] Nina Terrero, da Entertainment Weekly, disse que Madonna "nasceu um grande momento da moda quando ela se apresentou com um espartilho de sutiã rosa em sua turnê Blond Ambition".[127] Para Harold Koda, o uso do espartilho pela cantora, uma roupa de baixo, como roupa de baixo sugeria que "um controle explícito da imagem de alguém pode transformar, ou pelo menos desestabilizar, as relações patriarcais entre homens voyeuristas e mulheres sexualmente objetificadas".[128] Para Adam Geczy e Vicki Karaminas, o espartilho cônico sobre um terno masculino representava os seios e o falo. Eles concluíram que "no intervalo de uma década, ela se transmogrificou de virgem para dominadora para Übermensch [...] Até então, apenas Bowie havia se multi-transformado; Madonna foi a primeira mulher a fazê-lo".[129] Rebecca Dana, de The Daily Beast, afirmou que "o gênio do sutiã cone mentiu em sua subversão da feminilidade tradicional: macio fica duro; curvilíneo se torna fálico; o mecanismo da maternidade se transforma em arma — é um pesadelo freudiano".[130] O espartilho cônico inspirou e foi recriado por muitos artistas contemporâneos, incluindo Lady Gaga, Katy Perry e Rihanna.[130] O rabo de cavalo sintético que a cantora usava durante as etapas asiáticas e americanas se tornou uma tendência da moda entre os jovens, com a revista People relatando que "muitas mulheres – e homens – estão aparecendo nos shows com esse penteado".[131] O visual de Madonna com o espartilho e o rabo de cavalo foi referenciado pela atriz Stephanie Faracy no filme de 1993, Hocus Pocus.[127] Em 2001, um dos espartilhos foi vendido em leilão por US$ 21,105. Tornou-se o sutiã mais vendido de todos os tempos, até que outro, usado pela cantora durante a The Girlie Show World Tour (1993), o vendeu mais que isso.[80] O espartilho foi reinventado por Gaultier para a MDNA Tour de Madonna em 2012, em estilo de couro tipo gaiola; "o que fiz desta vez é um aceno ao sutiã cônico da turnê Blond Ambition, mas reinterpretado em 3-D, em couro envernizado por fora e couro metálico por dentro. É tudo sobre masculino e feminino", o designer lembrou.[132]
Repertório
Este é o repertório do concerto ocorrido em 5 de agosto de 1990 em Nice, França.[133][134]
Bloco I: Metropolis
- "Express Yourself" (contém elementos de "Everybody")
- "Open Your Heart"
- "Causing a Commotion"
- "Where's the Party"
Bloco II: Religious
- "Like a Virgin"
- "Like a Prayer" (contém elementos de "Act of Contrition")
- "Live to Tell" / "Oh Father"
- "Papa Don't Preach"
Bloco III: Dick Tracy
- "Sooner or Later"
- "Hanky Panky"
- "Now I'm Following You"
Bloco IV: Art Deco
- "Material Girl"
- "Cherish"
- "Into the Groove" (contém elementos de "Ain't Nobody Better")
- "Vogue"
Bloco V: Bis
- "Holiday" (contém elementos de "(Are You Ready) Do the Bus Stop")
- "Keep It Together" (contém elementos de "Family Affair")
Datas
Data (1990) |
Cidade | País | Local | Ato de abertura | Público | Receita |
---|---|---|---|---|---|---|
13 de abril | Chiba | Japão | Chiba Marine Stadium | Technotronic | 105,000 / 105,000 | — |
14 de abril | ||||||
15 de abril | ||||||
20 de abril | Nishinomiya | Hankyu Nishinomiya Stadium | — | |||
21 de abril | ||||||
22 de abril | ||||||
25 de abril | Yokohama | Yokohama Stadium | ||||
26 de abril | ||||||
27 de abril |
Data (1990) |
Cidade | País | Local | Ato de abertura | Público | Receita |
---|---|---|---|---|---|---|
4 de maio | Houston | Estados Unidos | The Summit | Technotronic | 31,427 / 31,427 | US$ 881,245 |
5 de maio | ||||||
7 de maio | Dallas | Reunion Arena | 29,503 / 29,503 | US$ 820,914 | ||
8 de maio | ||||||
11 de maio | Los Angeles | Los Angeles Memorial Sports Arena | 77,217 / 77,217 | US$ 2,242,110 | ||
12 de maio | ||||||
13 de maio | ||||||
15 de maio | ||||||
16 de maio | ||||||
18 de maio | Oakland | Oakland–Alameda County Coliseum Arena | 42,608 / 42,608 | US$ 1,278,245 | ||
19 de maio | ||||||
20 de maio | ||||||
23 de maio | Rosemont | Rosemont Horizon | 33,954 / 33,954 | US$ 955,181 | ||
24 de maio | ||||||
27 de maio | Toronto | Canadá | SkyDome | 80,251 / 80,251 | US$ 2,146,733 | |
28 de maio | ||||||
29 de maio | ||||||
31 de maio | Auburn Hills | Estados Undios | The Palace of Auburn Hills | 40,662 / 40,662 | US$ 1,199,529 | |
1 de junho | ||||||
4 de junho | Worcester | Worcester Centrum | 28,000 / 28,000 | US$ 776,767 | ||
5 de junho | ||||||
8 de junho | Landover | Capital Centre | 32,295 / 32,295 | US$ 928,193 | ||
9 de junho | ||||||
11 de junho | Uniondale | Nassau Veterans Memorial Coliseum | 51,000 / 51,000 | US$ 1,530,000 | ||
12 de junho | ||||||
13 de junho | ||||||
16 de junho | Filadélfia | The Spectrum | 34,821 / 34,821 | US$ 976,666 | ||
17 de junho | ||||||
20 de junho | East Rutherford | Brendan Byrne Arena | 75,000 / 75,000 | US$ 2,250,000 | ||
21 de junho | ||||||
24 de junho | ||||||
25 de junho[a] |
Data (1990) |
Cidade | País | Local | Ato de abertura | Público | Receita |
---|---|---|---|---|---|---|
30 de junho | Gotemburgo | Suécia | Eriksberg | Technotronic | 55,000 / 55,000 | US$ 2,533,000 |
3 de julho | Paris | França | Palais omnisports de Paris-Bercy | — | — | |
4 de julho | ||||||
6 de julho | ||||||
10 de julho | Roma | Itália | Stadio Flaminio | 30,000 / 30,000 | ||
13 de julho | Turim | Stadio delle Alpi | — | |||
15 de julho | Munique | Alemanha | Olympia-Reitstadion Riem | |||
17 de julho | Dortmund | Westfalenhalle | ||||
20 de julho | Londres | Reino Unido | Wembley Stadium | 225,000 / 225,000 | US$ 2,578,625 | |
21 de julho | ||||||
22 de julho | ||||||
24 de julho | Roterdã | Países Baixos | Feyenoord Stadium | 40,000 / 45,000[139] | — | |
27 de julho | Madrid | Espanha | Estadio Vicente Calderón | 50,000 / 50,000 | ||
29 de julho | Vigo | Estadio Municipal de Balaídos | 23,000 / 40,000 | |||
1 de agosto | Barcelona | Estadi Olímpic de Montjuïc | — | |||
5 de agosto | Nice | França | Stade Charles-Ehrmann | |||
Total | 1,045,772 / 1,062,772 (98%) | US$ 22,134,267 |
Cancelametos
Data (1990) |
Cidade | País | Local | Motivo |
---|---|---|---|---|
25 de maio | Rosemont | Estados Unidos | Rosemont Horizon | Infecção nas cordas vocais |
6 de junho | Worcester | Worcester Centrum | ||
15 de junho | Filadélfia | The Spectrum | ||
22 de junho | East Rutherford | Brendan Byrne Arena | ||
11 de julho | Roma | Itália | Stadio Flaminio | Protestos e baixa vendas de ingressos |
Créditos
O processo de elaboração da turnê atribuem os seguintes créditos pessoais:[35]
Banda
- Madonna — idealização, vocalista principal
- Niki Haris — vocais
- Donna De Lory — vocais
- Jai Winding — teclados
- Kevin Kendrick — teclados
- David Williams — guitarra
- Darryl Jones — baixo
- Jonathan Moffett — bateria
- Luis Conte — percussão
Dançarinos e coreógrafos
- Luis Camacho — dançarino
- Oliver Crumes — dançarino
- Salim "Slam" Gauwloos — dançarino
- Jose Gutierez Xtravaganza — dançarino
- Kevin Stea — dançarino
- Gabriel Trupin — dançarino
- Carlton Wilborn — dançarino
- Vincent Paterson — coreógrafo
Figurinos
- Jean Paul Gaultier — designer
- Marlene Stewart — figurinos adicionais
Equipe
- Madonna — direção
- Christopher Ciccone — direção artística
- Jai Winding — direção musical
- Freddy DeMann — gestão pessoal
- John Draper — gestão da turnê
- Chris Lamb — gestão de produção
- Mike Grizel — road manager
- John McGraw — cenógrafo
- Peter Morse — direção de iluminação
- Joanne Gair — maquiagem, penteados
- Julie Cherrow — massoterapeuta
- Robert Parr — treinador pessoal
- Pamela Gatell — ambientação
- Liz Rosenberg — publicitação
- Tom Hudak — gestão de palco
- Mark Micoli — direção de vídeo
Notas
Referências
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